sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Obesidade: Uma epidemia latino-americana

Obesidade atinge todos os países da região com índices médios de 18%.
Condição abrange todas as faixas etárias, em ambos os sexos.

Não estamos falando da nova gripe que está varrendo o mundo e sim sobre os efeitos da obesidade sobre a saúde.

Muitas vezes desejamos que os países da nossa região do globo atinjam índices de países desenvolvidos, porém dessa vez estamos nos integrando de maneira perigosa.

Os dados foram colhidos em sete cidades latino-americanas de países diferentes e representam uma amostragem inédita desse problema.O diferencial do trabalho está na padronização da metodologia aplicada na coleta dos dados em culturas tão diversas.

Os resultados fazem parte de um painel sobre a saúde latinoamericana apresentado no VII Seminário Latino-Americano de Jornalismo de Saúde que está acontecendo em San Diego, na Califórnia.

A obesidade atinge de forma praticamente uniforme todos os países da região com índices médios de 18% em todas as faixas etárias e em ambos os sexos.
Entenda-se que obesidade, para os critérios dessa pesquisa, foi definida como pessoas com um Índice de Massa Corporal acima de 30. Calcula-se o IMC por meio da divisão do peso, em quilos, pelo quadrado da altura, em metros.

Índices normais estão abaixo de 25. Entre 25 e 29, acima do peso. Com mais de 30 estão os obesos.

Os maiores números vêm da Cidade do México e Santiago com 30% e 25%, respectivamente. Quito, no Equador, foi a cidade que mostrou menor numero de obesos: menos de 10%.

A consequência imediata desse excesso de peso são os índices igualmente altos de hipertensão arterial e diabete nas mesmas populações.

A pressão alta atinge cerca de 10% das populações desses países. O destaque negativo ficou com os argentinos, com perto de 30% de hipertensos na capital, Buenos Aires.

A diabete tipo 2, que caminha de mãos dadas com a obesidade, está presente em cerca de 8% da população dos países estudados. Mais uma vez, os mexicanos são os mais atingidos, com 9% da população de sua capital com diagnóstico dessa doença.

Esses dados apontam para dois fatos: essas doenças não são mais do chamado mundo desenvolvido somente e estratégias específicas devem ser estudadas e implantadas. O impacto da obesidade sobre as doenças cardiovasculares e a diabete pode comprometer o futuro de gerações de latino-americanos.

Fonte: G1

Pais omissos geram crescimento da obesidade infantil

Pesquisa mostra que os adultos sentem culpa na hora de proibir os maus hábitos

Falta pulso firme aos pais na hora de controlar a dieta dos filhos. A conclusão é de um estudo, realizado na Escola de Medicina de Harvard (EUA) , a respeito do crescimento dos casos de obesidade infantil. Após acompanhar a rotina de 440 pais de crianças com sobrepeso ,os médicos descobriram que o problema, na maioria das vezes, não está na falta de informação: os adultos sabem o que prejudica a saúde dos filhos, mas sentem-se inseguros em proibir os maus hábitos.

Os pais foram estimulados a vetar a televisão na hora das refeições, reduzir o consumo de fast-food, cortar os refrigerantes, obrigar a prática de exercícios físicos e aumentar o número de refeições feitas. Mas nem sempre as mudanças aconteceram: muitos adultos sentiam-se castigando as crianças ao assumir algumas das medidas as limitações quanto ao uso da televisão e as refeições em família foram as regras mais desrespeitadas. O grupo incluía pais de crianças com idades entre dois e doze anos.

"As crianças aprendem muito com os exemplos. Se os pais proíbem as refeições em frente da televisão, mas fazem lanches na cama, perdem a autoridade", afirma a nutricionista do MinhaVida, Roberta Stella. "Para manter a saúde e o peso ideal, a rotina de toda a família precisa ser saudável. Sem diferenças, fica mais fácil manter a linha: se ninguém em casa toma refrigerante, por exemplo, a tentação some da geladeira"

O estudo também identificou que os adultos que se mantinham no peso ideal mostraram-se mais à vontade para impor as proibições às crianças ao contrário dos pais obesos, mais relutantes em manter as restrições. A autoconfiança também se apresentou diretamente proporcional ao nível de estudo dos pais: aqueles com graduação superior mantiveram-se mais firmes.

Fonte: Portal Educação Fisica

Cientistas descobrem gene da obesidade infantil

Cientistas da Universidade de Cambrigde, no Reino Unido, descobriram o que acreditam ser uma causa genética da obesidade infantil, muitas vezes relacionada incorretamente por médicos apenas o fato da criança comer demais. Segundo os pesquisadores, a perda de uma parte do material genético pode ser a chave do problema de peso em crianças.

Durante o estudo, os pesquisadores analisaram o genoma completo de 300 crianças diagnosticadas com obesidade mórbida em busca de uma falha ou duplicação do DNA, conhecidas pelo termo técnico copy number variants (CNV). Cientistas acreditam que essas CNVs desempenham um papel importante nas doenças genéticas.

Comparando o DNA das crianças obesas com outras de peso normal, descobriu-se que faltavam certas partes do genoma do grupo obeso - em particular, o cromossomo 16, ligado a obesidade mórbida. Segundo os pesquisadores de Cambrigde, o estudo sugere que um gene específico localizado no cromossomo 16, o SH2B1, tem um papel fundamental na regulação do peso e do nível de açúcar no sangue.

"Pessoas com problemas nesse gene têm uma vontade grande de comer e ganhar peso muito facilmente", disse o cientista Sadaf Farooqi envolvido na pesquisa. Apesar da descoberta em Cambrigde ajuda as causas do problema de muitas crianças com obesidade, os pesquisadores alertam que a genética não é o único motivo do sobrepeso na infância. Ainda é preciso estar atento aos hábitos das crianças e ao comportamento dos pais, que podem errar na alimentação dos filhos.

Fonte: Revista Veja